"Só pretendo mostrar o que existe de transcendente no ser humano, o seu espírito", dizia Ricard Terré, um dos grandes fotógrafos documentalistas espanhóis do século XX, que faleceu a 29 de Outubro em Vigo, onde vivia desde 1959.
Nascido no ano de 1928, em Sant Boi de Llobregat (Barcelona), Ricard Terré começou como pintor e caricaturista, mas em 1955 começou a fazer fotografia e ligou-se à Agrupación Fotográfica de Cataluña. Dois anos mais tarde integrou-se e chegou a ter um cargo directivo na Agrupación Fotográfica de Almería) , colaborando com Ramón Masats, Gabriel Cualladó e Xavier Miserachs.
As suas obras mais conhecidas foram realizadas entre 1955 e 1960. Seguiram-se 20 anos de paragem, até que em 1982, já reformado, reiniciou a actividade fotográfica e a sua obra começou a receber, com exposições e livros, o reconocimiento que merecia.
Negava-se a a datar as suas imagens porque considerava que o que era importante nelas era a maneira como refletiam o espírito humano. Dizia que "As reacções do homem frente aos grandes acontecimentos, como a morte, são as mesmas em qualquer lugar e em qualquer momento".
A sua fotografia caracterizava-se pelos enquadramente arriscados , os contrastes acentuados e a busca da proximidade com os modelos.
Portugal viu a obra deste fotógrafo em 1996, através da exposição "Ricardo Terré - Fotografias", integrada nos Encontros da Imagem de Braga. Em 2000, "Lugares de Evocaçâo" esteve patente no Museu da Imagem (Braga) e em 2004, o Centro Português de Fotografia (Porto) apresentou a exposição"Ricard Terré".
A sua obra encontra-se entre outras, nas colecções do Museu Arte Moderna (Espirito Santo ,Brasil) , Museu da Imagem (Braga, Portugal) e “Colecção Nacional de Fotografia" do Centro Português de Fotografía (Porto, Portugal).
Aqui podem ser vistas outras obras do fotógrafo.
1 comentário:
Triste para história da fotografia!
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