terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

“Últimas Notícias do Sul” um livro com imagens de Daniel Mordzinski


O livro “Últimas Notícias do Sul” é o aguardado resultado de uma viagem conjunta do escritor chileno Luis Sepúlveda (Ovalle, 1949) e do fotógrafo argentino Daniel Mordzinski (Buenos Aires, 1960) pela Patagónia, no final dos anos 90. É a cumplicidade entre a escrita e a fotografia, em 160 páginas, numa obra editada pela Porto Editora, no passado dia 13 deste mês.

Diz Luis Sepúlveda "Este livro nasceu como a crónica de uma viagem realizada por dois amigos, mas o tempo, as mudanças violentas da economia e a voracidade dos triunfadores transformaram-no num livro de notícias póstumas, no romance de uma região desaparecida. Nada do que vimos existe tal como o conhecemos. De certo modo fomos os afortunados que presenciaram o fim de uma época no Sul do Mundo. Desse Sul que é a minha força e a minha memória. Desse Sul a que me aferro com todo o amor e com toda a raiva. Estas são, pois, as últimas notícias do Sul ".

Daniel Mordzinski vive em Paris, onde é correspondente do jornal espanhol El País. Conhecido como “o fotógrafo dos escritores”, trabalha há mais de trinta anos num ambicioso projecto que retrata os protagonistas mais destacados da literatura ibero-americana. Em Portugal tem publicado o álbum “Os Rostos da Escrita”.

Pode ver aqui uma entrevista de Luís Sepúlveda ao Jornal de Notícias.

"Berberes e Tuaregues" de Luis Reina, exposta em Braga


Berberes e Tuaregues”, é uma exposição do fotógrafo Luís Reina com imagens obtidas numa das suas viagens a Marrocos. Podem aqui, ser apreciados os primeiros retratos deste fotógrafo complementados com cenas do dia-a-dia dos marroquinos.

Sobre "Berberes e Tuaregues", escreve Luís Reina: “São nómadas que se refugiam em oásis verdes de mil e uma noite de encantos, lugares inóspitos, ainda por descobrir, e onde antigos sistemas de rega, fazem brotar das areias quentes as suas fontes de Vida.

Homens livres que deambulam sobre horizontes de pó de ouro, como sentinelas de uma terra de ninguém, mas que toda a gente quer descobrir, que alegremente contam lendas de paixão deste deserto rubro de amanheceres suaves.

Pessoas que conduzem ao sabor dos ventos, dromedários ávidos por um retorno a casa que os livre temporariamente da escravidão turística que os invade diariamente, à espera de bebedouros e forragem que lhes dão a energia necessária para um vai e vem de viagens pelo seu território.

Gentes que nas selvas urbanas, vêem uma saída para uma vida parca de objectivos à espera de um final feliz. Vendedores de sonhos que caminham por calçadas rubras, sob um intenso calor de Inverno. Veladas de uma sociedade por vezes cruel, à procura de uma prece, pois parecem que foram Abandonadas pelos Deuses.

Duas palavras, dois significados para diversos rostos.

Berbere quer dizer Tuaregue, embora o seu significado seja diferente, já que o primeiro, Berbere quer dizer Homem Livre e o segundo Tuaregue significa Abandonado por Deus.

Estas são as expressões obliteradas pela minha máquina, expressões de gentes no seu trabalho diário, muitas vezes um trabalho duro, para que se possa colocar um bocado de pão na mesa para a família, noutras expressões de contemplação, noutras ainda o esforço da dureza do habitat natural onde se movem. Faces cobertas e faces a descoberto, simplesmente retratos de Vidas de nómadas.

Um outro Marrocos revisitado”.

A exposição será inaugurada no dia 2 de Março, pelas 18:00 horas, no Museu D. Diogo de Sousa (Av. dos Bombeiros Voluntários de Braga) e decorrerá até ao dia 31 desse mês.

A mostra é um prolongamento do projecto Cumplicid'Artes (a inaugurar no dia 3, no mesmo espaço), podendo ser visitada de terça-feira a domingo, das 10:00 ás 17:30 horas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"O prazer de fotografar", no Clube Literário do Porto

O reguila © Eduardo Teixeira Pinto
O prazer de fotografar” é uma exposição itinerante com 38 trabalhos do fotógrafo Eduardo Teixeira Pinto (Amarante, 1933-2009) que pode ser vista até 29 de Fevereiro, no Clube Literário do Porto (Rua Nova da Alfândega, 22).
Eduardo Teixeira Pinto começou a tirar as suas primeiras fotografias profissionais em 1950, tornando-se expositor desde 1953, em vários salões de fotografia nos cinco continentes.

Foi membro activo de diversas comunidades de fotógrafos, nomeadamente “Associação Fotográfica do Porto”, “Grupo Câmara” (Coimbra) e “Associação Fotográfica do Sul” (Évora). A sua vasta obra, dotada de um olhar poético sobre a realidade, fizeram de si um dos melhores e mais galardoados fotógrafos portugueses do século XX com fotografias que abordam diversos temas, com destaque para a Natureza e a figura humana.

Com fotografias como “Rodopio”, “Igreja de S. Gonçalo”, “De Regresso”, “Tema de Pintores”, “Matinal” e “Quietude”, entre outras, obteve inúmeros prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960), na época, uma das mais altas distinções a nível nacional.

O trabalho de Eduardo Teixeira Pinto está patente no Museu -Amadeo de Souza-Cardoso (Amarante), com uma exposição permanente no primeiro piso daquele equipamento cultural.

Em Dezembro de 2010, foi publicado “Eduardo Teixeira Pinto – a poética da imagem”, numa edição com o patrocínio total da empresa Mota-Engil, com cerca 230 fotografias agrupadas por temáticas: O Rio, A Nossa Terra, A Nossa Gente, as Festas e Outros Olhares.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O 4ºFestival Internacional de Fotografia "Latitudes", decorre em Huelva


4º Festival Internacional de Fotografia "Latitudes" decorre na cidade espanhola de Huelva, até ao dia 1 de Abril.

O programa do festival abriu com a exposição "Vietname", de Larry Burrows e as colectivas “iPhoneography” e “Madrid e sua gente”, todas elas no Museu Provincial de Huelva.

Na Casa Colón podem-se contemplar, 60 imagens do russo Georgui Pinkhassov que fazem parte da exposição "Just light like". A 5 de Março é inaugurada, no mesmo espaço a exposição de César Lucas “O ofício de olhar

A exposição colectiva "Afganistão" terá lugar no Hotel Paris e no Reitorado da Universidade de Huelva estarão expostas 34 fotografias que compõem a mostra ”50 anos sem Marilyn Monroe”.

Finalmente, a Fundação Cajasol e a Fundação Caja Rural del Sur acolherão, respectivamente, as exposições “Fotografias de Ellen Kooi "e "Doñana".

Para ver programa mais detalhado pode aceder aqui.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

“Fragrâncias de Luz: colectivo de fotógrafos” , vai ser apresentado no dia 25


O livro “Fragrâncias de Luz: colectivo de fotógrafos” da Editora Vieira da Silva, que contempla imagens de fotógrafos oriundos de Portugal (13), Brasil (4), Cabo-Verde (1) e Israel (1), vai ser apresentado no próximo dia 25 deste mês, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

Luís Reina um dos fotógrafos, obteve as suas imagens em Espanha e no Sri Lanka.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Samuel Aranda vence World Press Photo 2011

© Samuel Aranda
O fotógrafo espanhol Samuel Aranda (nasc. 1979, Santa Coloma de Gramanet, Barcelona) foi o vencedor do World Press Photo 2011, o mais importante concurso mundial de fotojornalismo.
A imagem que mostra uma mulher vestida com um véu integral a abraçar um familiar ferido, foi tirada a 15 de Outubro de 2011 em Sanaa, capital do Iémen, numa mesquita que foi transformada num hospital pelos opositores do presidente Ali Abdallah Saleh . A fotografia foi publicada no jornal "The New York Times” e escolhida entre as mais de 100 mil fotografias enviadas a concurso por 5.247 profissionais, de 124 países.

Segundo o jornal "Yemen Times", as pessoas fotografadas são Fatima Al-Qaws e o seu filho, Zayed Al-Qawas, de 18 anos ferido durante uma manifestação contra o regime iemenita. Fatima Al-Qaws, explicou que apenas teve conhecimento da foto após uma sobrinha, que vive nos Emirados Árabes Unidos, lhe ter telefonado.

Segundo Koyo Kouoh, um dos membros do júri do World Press Photo 2011, "É uma fotografia que fala sobre toda a região".

O trabalho de Samuel Aranda, que vive em Sidi Bou Saïd, na Tunísia, pode ser apreciado aqui.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pereira Lopes expõe "do meu PORTO de vista..."

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Diz José Saramago: "Afinal, o Porto, para verdadeiramente honrar o nome que tem, é, primeiro que tudo, este largo regaço aberto para o rio, mas que só do rio se vê, ou então, por estreitas bocas fechadas por muretes, pode o viajante debruçar-se para o ar livre e ter a ilusão de que todo o Porto é a Ribeira."

É o Porto ribeirinho, com as suas gentes, que Pereira Lopes pretende mostrar. A Sweet Douro (Rua Cândido dos Reis, 142 – Vila Nova de Gaia) abriu as portas para a exposição “do meu PORTO de vista”, cuja inauguração decorrerá no próximo sábado, dia 11 de Fevereiro, pelas 15:30 horas.

A mostra estará aberta ao público até ao dia 1 de Março, de terça-feira a sábado, das 13:30 ás 19:00 horas.