quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Centelles e a fotografia dos cavalos

Fotografia publicada pela "Newsweek"
© Agustí Centelles

Fotografia original obtida a 19 de Julho de 1936
© Agustí Centelles
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Octavi e Sergi Centelles foram entrevistados pelo jornal “El Mundo” a propósito da transferência do legado – 12.000 negativos - do pai, o fotojornalista valenciano Agustí Centelles (Valência, 1909-Barcelona, 1985) para o Centro de Memória Histórica de Salamanca.
Quando o jornalista lhes referiu que a imagem mais conhecida do pai é a que foi publicada na “Newsweek”, a dos cavalos em que falta o homem com a pistola, revelou Octavi Centelles:
Como se trabalhava em analógico, quando o meu pai disparou essa fotografia viu que o indivíduo estava lá, mas teve a sensação de que tinha disparado antes. Por isso cortou-a. Não é muito conhecido que veio um avião privado recolher cerca de vinte e poucas fotografias, entre elas as de Centelles, para sairem na imprensa internacional. O meu pai reconhecia que havia duas fotos preparadas, o que não quer dizer que montou um cenário, só que não eram documentos do momento. A famosa fotografia dos cavalos é a última. Combinou com a guarda de assalto que quando estivesse limpo faria a fotografia. Chega a Guarda Civil, vai toda a gente para a rua “Diputación con Llúria”, e ele volta correndo. Colocam-se, fazem a foto na mesma esquina.”

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Rita Magalhães

série Intimacy
© Rita Magalhães

Rita Magalhães nasceu no Porto (1974) onde vive, trabalha e se licenciou em Pintura, na Faculdade de Belas Artes.

Expõe individualmente desde 1999 (Sala Poste-ite, Edificio Artes em Partes, Porto), em 2001 apresenta Amélia / Cidade (Galeria Pedro Oliveira, Porto), em 2004 Ausência (Galeria Pedro Oliveira, Porto), em 2005 Intimacy (Galeria Niklas Von Bartha, Londres), em 2006 Time Still (Galeria Pedro Cera, Lisboa) e em 2007 Reflets dans l`eau (Galeria Pedro Oliveira, Porto) e Fotografia ( Galeria Fúcares, Madrid).

Colectivamente teve trabalhos seus expostos em – entre outras cidades - Santiago de Compostela, Roterdão, Saragoça, Salzburgo, Viena, Valladolid e Rio de Janeiro (Caixa Económica Federal, 2008).

Alguma da sua obra faz parte de colecções do Centro Galego de Arte Contemporânea (Santiago de Compostela), da Universidade do Minho (Braga), Faculdade de Medicina (Porto), Museu Extremenho e Iberoamericano de Arte Contemporánea (Badajoz), Fundació Foto Colectania (Barcelona), Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) e Centro Órdoñez Falcón de Fotografia ( San Sebastian), entre outros.

Pode ver aqui o site da artista.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Foto Nikon 2009

Desporto

Gente e Sociedade

Natureza

Os fotógrafos Manuel Fernández (Desporto), Sofía Moro (Gente e Sociedade) e Jordi Bas (Natureza), foram os vencedores do prémio Foto-Nikon 2009.

Com uma participação de mais de 400 fotógrafos e 1.200 fotografias, este concurso está dirigido básicamente a profissionais equipados com câmaras Nikon e é dotado de 6.000€ para cada vencedor. Os vencedores também têm publicada a sua obra e curriculum no livro Foto-Nikon 2009 que será publicado em 2010, com uma tiragem de 30 mil exemplares.

Desde o dia 1 de Julho até 30 de Outubro de 2009, os participantes puderam apresentar as suas fotografías realizadas com equipamentos Nikon, até um máximo de cinco por pessoa, e quando uma delas tivesse sido publicada num meio de comunicação social (impresso ou digital).

O júri foi constítuido por Antonio Vázquez, Javier Ara Cajal, Begoña Rivas, Pere Ignasi Isern i Pascal, Carlos Agustin, Jordi Cotrina, Bernardo Paz, Enric Fontcuberta, o responsável dos produtos profissionais da Nikon, Carlos Ormazabal e o director-geral da Finicon (importador oficial da Nikon em Espanha), José Ramón de Camps.

"Los Raros", de Robinson Savary

© Robinson Savary

No dia 10 de Dezembro foi inaugurada no Centro Cultural Borges (calle Viamonte, esq. San Martín - Buenos Aires) a exposição "Los Raros".

Trata-se de um provocador conjunto de fotografias a preto e branco do cineasta e fotógrafo françês Robinson Savary (n. 1969) que inclui retratos de personagens circenses protagonizados por conhecidas figuras do cinema e do teatro obtidas entre Maio a Setembro de 2001, em Paris, Los Ângeles e sul de França e retratos de transexuais da zona de Palermo, em Buenos Aires, obtidas em 2009. As protagonistas das imagens são dez, com idades entre entre os 20 e os 30 anos, a maioria proveniente de diferentes provincias argentinas, mas também duas peruanas e uma panamiana.

" Sayuri Tuchía Salazar foi a primeira que aceitou prestar-se a uma sessão de retratos. Esteve sempre presente, ás vezes ajudando-me a eleger as imagens, com uma seriedade e uma dedicação notáveis. Naturalmente elegía como curadora da exposição", disse Savary que referiu ainda ter descoberto, "um mundo obscuro, duro, com muita tristeza, mas também com muito amor, solidaridade, e com valores muito fortes de amizade".

O fotógrafo decidiu incluir na exposição sómente um nú integral, que "é muito forte, porque não é uma mulher, não é um travesti, é um andrógeno, uma criatura do terceiro sexo".

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Terre de Personne, de Pierre Gonnord

Eloísa, Tás-os-Montes/Portugal
© Pierre Gonnord

Eloísa” é uma das 38 fotografias de Terre de Personne (nome ambíguo, um jogo de palavras, que significa Terra de Ninguém), exposição do francês Pierre Gonnord, que pode ser vista na sala Alcalá 31 (Madrid) até 28 de Fevereiro de 2010.

Para Pierre Gonnord (1963), a viver em Madrid há 22 anos, viajar pelo norte de Espanha e Portugal para retratar os rostos dos que semeiam a terra, os rostos curtidos pelo vento, foi uma mudança na sua carreira. Levava 12 anos fotografando yakuzas japoneses, ciganos do bairro sevilhano das 3.000 vivendas, ou habitantes da periferia de Madrid e Paris.

Desta vez é outra periferia, agora é rural: "Meti todo o meu equipamento no carro e conduzi até esse meio tão próximo e tão desconhecido ao mesmo tempo..”.
Aproximar-se deles não foi fácil ."Há gente mais acolhedora e outra mais fechada, não podemos chegar de fora e focar com a câmara. Eu entendo o meu trabalho como uma vivência, tenho que viver nos locais, criar confiança.”

Os retratos dominam as imagens de Gonnord, parecendo retiradas de uma pintura barroca como a anciã agricultora portuguesa Eloísa, algo fantasmagorica, iluminada pela ténue luz do lugar.

"Eloísa é uma agricultora de uma pequena aldeia do Norte de Portugal (Trás-os-Montes). Vive só. Pertence a essa geração de trabalhadores que possuem parcelas de terra muito pequenas e não emigrou para França ou outros países como a maioria dos seus compatriotas na época de Salazar, empurrados por razões económicas ou políticas. Aldeias povoadas hoje em dia por gente muito idosa que vive dos escassos recursos num regime de subsistência, agricultura e pequena criação de gado. As habitações e ferramentas de trabalho são tradicionais”

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Razor Monkey Magazine

Fotografia retirada da Razor Monkey Magazine nº3
© Edisson Villegas

Razor Monkey Magazine é uma revista digital venezuelana.

Tem 6 números publicados, sendo que cada um é dedicado a um tema. A revista depois do número de apresentação, teve como temas anteriores “Pernas”, "Banhos”, “Retratos”, “Animal” e “Música”.
Os próximos temas serão “Líquidos” com a entrega de trabalhos a decorrer até 30 de Dezembro e “Amor”, cujos trabalhos terão que ser enviados até 30 de Janeiro, para director@razormonkeymagazine.com.

Deixo aqui o link da revista, cujos números publicados podem ser descarregados em pdf.

"Olhar Niemeyer, Look at Niemeyer"

Copan, São Paulo
© Tuca Vieira

Das mil e cinquenta fotografias que chegaram ao site lançado pela Comissão para as Comemorações dos 100 anos de Oscar Niemeyer - Portugal, trezentas foram seleccionadas para este “Olhar/Look at Niemeyer” (Ed. Teorema). Chegaram imagens do Brasil, Itália, Inglaterra, França, Portugal e Líbano, correspondendo aos países onde Niemeyer tem obra.
As fotografias de 103 autores, estão reunidas no livro bilingue português-inglês "Olhar/Look at Niemeyer", que foi lançado ontem em Lisboa. No dia em que Oscar Niemeyer faz 102 anos.
Niemeyer, certa vez afirmou que não é o ângulo recto que o atrai, mas "a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida".

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Macau, para sempre

Fortaleza
© António Mil-Homens

Portugal administrou Macau durante 442 anos. 10 anos depois da transferência de poderes de Portugal para a República Popular da China, a fotografia faz parte dos eventos comemorativos.

Macau, para sempre” é o título da exposição de fotografia de António Mil-Homens, que decorrerá até 4 de Janeiro no the Venetian Macao, em Macau.

Com fotografias de 1996, 1999 e outras já tiradas em 2006, António Mil-Homens recorda a Macau moderna, mas também a Macau antiga que já não existe devido ao boom da construção que chegou com a liberalização do jogo.

Macau corre no meu corpo desde o primeiro contacto visual e olfativo. É uma espécie de animal adormecido … mas pronto a saltar ao mínimo som, odor, imagem, associados à sua ambiência, às suas gentes, suas cores … ou ausência de cor. Porque Macau joga com o claro/escuro, o vermelho e o preto, o arco-íris e os cinzentos, a alegria e a serenidade, o drama por vezes e a paz”, diz António Mil-Homens.

Com o mesmo título da exposição, foi editado um livro com 88 fotografias, uma parceria da "De Ficção Multimédia Project" e da Casa de Portugal em Macau.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Nunca", de José Júpiter


No horário 14:30 às 19:00 (segunda a sexta-feira) e 10:00 às 13:00 (Sábado), pode ver na Galeria Colorfoto ( Rua Sá da Bandeira, 526, Porto) até 26 de Dezembro, a exposição "Nunca".
São fotografias de José Júpiter (pseudónimo de José Carlos Duarte), nascido em Juncal do Campo, Castelo Branco, em 1971. Em 1991 vai estudar para Lisboa, licenciando-se em Engenharia Informática. Nessa época tem os primeiros contactos com a fotografia e realiza três exposições. Depois muda-se para o Porto e desiste da fotografia. Em 2003, regressa a Lisboa e sob o pseudónimo de José Júpiter recomeça a fotografar. Em 2008 recebe uma menção honrosa no "Novos Talentos FNAC Fotografia" com o trabalho "A&J". Recomeça a expor em 2009, apresentando os trabalhos "Ursa Maior", "A Guerra dos Lobos", "Evidência" (integrado no "Projecto Alvito", do Atelier de Lisboa) e "Nunca".
"Para os fotógrafos como José Júpiter nada é indiferente. Nada lhes passa despercebido nada é desprezível. Na sua produção incansável de imagens só têm como critério fugir do consensual, daquilo que se afirma a partir das imagens produzidas por todos os outros não fotógrafos. As suas imagens passam pela construção de uma contracultura; não exactamente no sentido radical de ruptura com a realidade social mas num sentido em que, precisamente, a partir dessa realidade, supostamente indiferente e perversamente domesticada, se afirmará o seu olhar irónico, crítico ou redentor.No caso de José Júpiter este olhar pode ser muito subtil: dissimulado num enquadramento de uma empena lateral; na atenção sobre um objecto deslocado; na inquietação do que não se consegue ver por um tapume; ou sobre um sentido generalizado de inacção… No conjunto a atenção sobre objectos e espaços que, não sendo necessariamente disfuncionais, também não se esforçam por expressar sentido. Esta leitura é ainda reforçada pela ausência de pessoas o que contribui ainda para um afastamento da tradicional composição entre figura e fundo. No plano destas imagens tudo se torna sujeito".
Pode ver mais trabalhos do fotógrafo, aqui.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fotógrafo português, venceu Concurso National Geographic

© Hugo Machado

A 4ª edição do Concurso Internacional Fotográfico National Geographic recebeu mais de 200.000 submissões.

O fotógrafo português Hugo Machado, venceu o Concurso, na Categoria Lugares, com uma fotografia, tirada na fronteira do Chile com a Bolívia, mostrando o Vulcão Licancabur.

Na categoria Pessoas o primeiro prémio foi para Debra Jansen (Atlanta, USA) e William Goodwin (Birmingham, Grã-Bretanha) ganhou a categoria Natureza.

O Júri era constituído por: Mark Thiessen (fotógrafo da National Geographic), Darren Smith (director de arte das edições internacionais da revista) e Maria Stenzel (fotojornalista)

Pode ver os resultados na edição de Janeiro de 2010, da revista National Geographic.

DILEMA, uma nova revista de fotografia


A Blue Ray editora, anunciou o nascimento de uma nova revista de fotografia, a DILEMA. É, segundo a editora, o complemento natural, da revista DP (mas maior).

A Dilema em termos de conteúdos, vai ser constituída essencialmente por “seis a oito portfólios de autores consagrados e de autores em ascenção artística, sempre a preto e branco”. Terá um formato 30x37 cm e será bimestral.

A saída da Dilema nº1 está marcada para 23 de Janeiro de 2010 (sábado) com uma tiragem de 10 mil exemplares e um preço de capa de 10 euros.

Na imagem a capa da nº 00, que já está impressa na sua totalidade e servirá de modelo de apresentação. A editora informa que já tem trabalhos de alguns dos melhores autores nacionais e estrangeiros para os primeiros números.

Vale do Tua - património a proteger

Linha do Tua, 2006
© Alexandre Lima

A exposição de fotografia “Vale do Tua - património a proteger” pode ser visitada na Associação Cultural Casa da Horta (Rua de São Francisco, 12A, perto da Igreja de São Francisco e Mercado Ferreira Borges, no Porto) de 9 de Dezembro de 2009 a 29 de Janeiro de 2010.

As fotografias que fazem parte desta exposição foram tiradas pelos participantes de uma caminhada com cerca de 16 km, que a organização ambientalista Campo Aberto realizou no dia 4 de Outubro de 2009 pela linha do Tua, desde a Foz a São Lourenço.

O património associado ao Vale do Tua - a sua magnífica paisagem e a linha férrea que o percorre - encontra-se ameaçado pela construção de uma barragem. Com esta exposição pretendemos divulgar e dar a conhecer este património único e o dano irreparável que a construção da barragem poderá trazer caso o seu projecto seja concretizado.” refere a Campo Aberto.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Arquivo da LUSA disponível

Quase dois milhões de fotografias dos principais acontecimentos da história de Portugal e do mundo desde 1948 obtidas pela Lusa e por várias agências associadas vão estar disponíveis a partir de quinta-feira no portal Sapo.

O arquivo de fotografias da Lusa "conta à sua maneira a história de Portugal e do mundo no último meio século: de uma forma um pouco dispersa e irregular nas décadas mais recuadas; com carácter sistemático e quase exaustivo nas últimas duas décadas, tanto em Portugal como no mundo lusófono", explicou o director de Informação da Lusa, Luís Miguel Viana.

"São - e isto é fundamental para compreender estes cerca de dois milhões de fotografias - trabalho de jornalistas, ou seja: são instantes verdadeiros, relâmpagos de realidade, momentos únicos. São tragédias, alegrias, momentos históricos convertidos em notícias. É isso que vai ficar à disposição das pessoas a partir de quinta-feira". acrescentou Viana.

Fonte : Lusa

Leilão na Christie`s

Roman Polanski e Sharon Tate
© David Bailey

188 lotes de fotografia vão ser leiloados pela Christie`s (Nova Iorque), no próximo dia 7 de Dezembro.

Ansel Adams, Edward Weston, Man Ray, Irving Penn e Henri Cartier-Bresson estão entre os fotógrafos com obras a serem leiloadas.

O lote 118 correspondente a uma fotografia onde Roman Polanski e a sua esposa Sharon Tate aparecem nus, também será leiloada pela Christie's. O preço da reprodução poderá alcançar 10.000 dólares, segundo os organizadores.
A fotografia foi obtida por David Bailey em 1969, pouco tempo antes de Sharon Tate e outras quatro pessoas serem brutalmente assasinados pelos seguidores de Charles Manson.

"É uma imagem importante", afirma Laura Paterson, vice-presidente da casa de leilões e especialista em fotografia. "Certamente é provocatória devido a quem aparece nela. Mas também é uma comovedora imagem de um casal feliz (...) e nela Bailey captura a permissividade da época".

Os lotes 31, 32 e 33 correspondem a três fotografias de Sebastião Salgado que estima a Christie's, podem ser comprados entre 4.000 e 6.000 dólares.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Arquivo da RAF

Caen, arrasada
© RCAHMS

Esta fotografia é do centro da cidade de Caen, na Normandia (França). A imagem mostra-nos o estado de destruição após a famosa Batalha de Caen, entre tropas aliadas - fundamentalmente, britânicos e canadianos- contra as tropas alemãs. A reconstrução da cidade durou até aos anos 60.

É uma das quatro mil fotografias obtidas pela Força Aérea Britânica (RAF), durante o século XX que estão pela primeira vez disponíveis na internet. São fotografias de prisioneiros de guerra realizando trabalhos forçados, bombardeamentos, da crise do Suez em 1956, que fazem parte de um espólio de mais de 10 milhões de imagens.

Podem ser vistas aqui.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lisboa, Cidade Triste e Alegre


Em 1959, Victor Palla (1922-2006) e Costa Martins (1922-1996) aliaram toda a sua criatividade , a um grande esforço económico para dar forma de livro (distribuído por fascículos) ao trabalho fotográfico que desde 1956 desenvolviam juntos nos bairros históricos de Lisboa.

Escrevia António Sena na História da Imagem Fotográfica em Portugal, 1839-1997 (Porto Editora, 1998):
"A reacção do público foi, em geral, de repulsa e indiferença. A observação de que eram fotografias "escuras" ou "tremidas" e expostas ou publicadas "a metro", foi frequente. O livro foi um fracasso editorial. O esquecimento foi quase imediato. Para se ter uma ideia do desinteresse, em 1982, uma quantidade apreciável de fascículos que tinham sobrado do livro, consistindo em mais de metade da edição, estavam numa cozinha da Associação Portugal-Cuba e nem a Biblioteca Nacional nem as bibliotecas da Câmara Municipal de Lisboa ou da Gulbenkian possuíam qualquer exemplar".

Depois da primeira edição, o livro foi redescoberto , em 1982, quando António Sena o recuperou através da exposição Lisboa e Tejo e Tudo, na galeria Ether . Dos fascículos que estavam por encadernar , fizeram-se cerca de 200 cópias. Esta segunda vida dá-lhe alguma cotação internacional.

Agora, 50 anos após a primeira edição Lisboa, Cidade Triste e Alegre,o único álbum português referenciado na bíblia mundial dos livros de fotografia - The Photobook: A History (Phaidon, 2004) – como um dos melhores livros de fotografia da Europa do pós-Guerra, vai ser finalmente reeditado pela mão dos fotógrafos José Pedro Cortes e André Príncipe. O acontecimento terá lugar no próximo mês de Dezembro, com o apoio do Centro Português de Fotografia.

Encontrei aqui um exemplar à venda por 2.200 euros. Do descritivo consta: "Encadernação de origem faltando no entanto a sobrecapa. Este exemplar apresenta um pequeno corte transversal na parte inferior da primeira página. Bom estado de conservação da capa e das restantes páginas do livro. PRIMEIRA EDIÇÃO, "Dos muitos photobooks de cidades europeias, esta é um das melhores. Este é considerado o melhor livro de fotografias português de todos os tempos. As fotografias são intercaladas com poemas inéditos de escritores, como Alexandre O`Neill, Armindo Rodrigues, David Mourão-Ferreira, Eugénio de Andrade, Jorge de Sena e José Gomes Ferreira. Este livro é um magnífico hino visual a Lisboa. Exemplar MUITO RARO E VALIOSO".

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Quem fotografou Zapata ?

A análise minuciosa de um negativo permitiu determinar que uma imagem icónica da Revolução Mexicana em que aparece o revolucionário Emiliano Zapata Emiliano não foi captada pelo fotógrafo alemão Hugo Brehme (1882-1954).

Um comunicado, emitido pelo Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) , informa que Mayra Mendoza, especialista na obra de Brehme, descobriu que no negativo se vê uma legenda que não tem qualquer relação com o estúdio fotográfico do alemão.

A famosa foto de Zapata, reproduzida, em inúmeros livros, revistas e camisolas, poderá - admite Mendoza - "ser obra de um fotógrafo norte-americano pouco conhecido, chamado F. Moray ou F. McKay".

No retrato, um dos mais famosos que dele se fizeram, Emiliano Zapata, herói da Revolução (1910-1917), aparece de corpo inteiro, com a espingarda na mão direita, o braço esquerdo apoiado no sabre e uma faixa a cobrir-lhe o peito, abaixo das cartucheiras.
A fotografia foi tirada no Hotel Moctezuma da cidade de Cuernavaca em 1911 e apareceu pela primeira vez impressa no diário El Imparcial, a 16 de Abril de 1913.

Mendoza, subdirectora da Fototeca Nacional do INAH, sustenta a sua tese no seguinte: descobriu que no negativo de impressão da imagem "é possível notar, sob a ponta do sabre [de Zapata], que a impressão esteve assinada em inglês com caligrafia manuscrita: Zapata, Photo and Copyright by F.M.".
Ora, segundo a perita, Brehme não costumava escrever anotações nas imagens, e todas as legendas nas margens foram por ele feitas com letra maiúscula de molde.
Acrescenta ainda que não há indicações de que o fotógrafo alemão usasse a língua inglesa nas suas impressões fotográficas. Privilegiou sempre o castelhano e, quando empregou outra língua, foi a alemã.
Outro argumento - assinalou a perita - é que "em nenhuma das colecções de Brehme no exterior é possível localizar o retrato de Zapata, muito menos assinado e selado por ele, como sucede invariávelmente com outras das suas peças".

Segundo a investigadora, o conhecido retrato foi atribuído a Hugo Brehme a partir de 1995 "sem qualquer referência histórica ou documental, por motivo da exposição 'México: uma nação persistente'".
"Nenhum testemunho fidedigno - vincou - indicava que assim fosse. Apesar disso, nasceu um mito sem fundamento que chegou até aos nossos dias", afirmou.
Na opinião da especialista, o erro deveu-se, talvez, ao facto de Brehme ter estado no quartel do chamado "Caudilho do Sul" e tirado várias fotografias célebres, como a dos irmãos Emiliano e Eufemio Zapata, com as suas respectivas mulheres.

Fonte: Expresso

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Olhares do Cinema

Ângela Molina
© Angelo Frontoni

A exposição “Olhares do Cinema”, pode ser visitada até ao dia 19 de Dezembro na Dormi2, (Gran Vía de las Corts Catalanes, 316 - Barcelona).

São 100 fotografias originais de Angelo Frontoni, o fotógrafo italiano que conseguiu que todas as grandes divas da época dourada do cinema europeu e americano posassem para ele.

Tudo começou em 1957 quando Frontoni retratou Gina Lollobrigida.

A partir daí a sua presença tornou-se habitual nos castings e rodagens que Federico Fellini, Luchino Visconti, Vittorio De Sica, Bolognini, Billy Wilder, Lattuada, Bertolucci e Truffaut realizaram para imortalizar os momentos mais gloriosos da sétima arte.

Frontoni não só foi um dos artistas visuais mais importantes da sua geração, mas também um fazedor de estrelas. As suas chaves abriram as portas do cinema para Cláudia Cardinale, Alain Delon e Olívia de Hussey.
A relação que Frontoni tinha com as grandes actrizes ultrapassava o âmbito profissional. Sofia Loren, Natalie Wood e Ursula Andress elegeram-no como amigo e confidente para partilhar e imortalizar os seus momentos mais íntimos e familiares.

Nos seus trinta anos de carreira, Frontoni conheceu personagens tão emblemáticos como Jean Cocteau, Marilyn Monroe, Arthur Miller, Charlie Chaplin e Edith Piaf, conventendo-se assim em testemunho privilegiado de momentos que passaram à história.

Pela mão de Enrique del Pozo e Anthony Toffoli, “Olhares do Cinema” chega a Barcelona na sua expressão mais vanguardista. Os organizadores quizeram levar o trabalho de Frontoni ao grande público e por isso elegeram um armazém de grandes dimensões e muito central como sala de exposições. Esta fusão de arte e comércio eé algo muito usual em cidades como Berlim ou Chicago.

Fonte: El País

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O homem e as suas crenças

Missa, Portugal 1954
© Sabine Weiss

Se for a Santiago de Compostela não deixe de visitar o Museu das Peregrinações.

Até ao próximo dia 15 de Fevereiro, poderá apreciar a sensibilidade e a técnica de Sabine Weiss, a conhecida fotógrafa suiça nascida em 1924 na povoação de Saint-Gingolph e posteriormente naturalizada francesa.

É uma selecção de sessenta imagens a preto e branco que dão origem à exposição intitulada “O homem e as suas crenças”, que traduz um trabalho de várias décadas em várias partes do mundo e nos “fala” através da imagem, de religião, fé, expressão e comportamento humano perante a divindade.

Considerada uma das grandes fotógrafas humanistas, Weiss retrata "o momento transcendental do diálogo entre a pessoa e a divinidade".

Weiss, foi ajudante do fotógrafo de moda Willy Maywald nos seus começos trabalhando em estúdio, quando se dá conta da importância da luz natural como fonte de emoção.

O museu organizará actividades didácticas dirigidas principalmente ao público escolar, em que será abordado o significado da exposição. Disporá também de um serviço gratuito de visitas comentadas, para adultos.

José Cendón. "Medo nos Grandes Lagos"

© José Cendon

O fotógrafo galego José Cendón teve o seu trabalho premiado com o World Press Photo 2006.

"José Cendón. Medo nos Grandes Lagos", é uma exposição com 46 fotografias de Cendón obtidas em centros de tratamento mental na região africana dos Grandes Lagos. Uma série com a qual Cendón quiz "ferir o espectador" e agitar a sociedade que presta tão pouca atenção "ao lugar onde sucederam e sucedem as coisas mais terrivéis do planeta".
"Medo nos Grandes Lagos" leva-nos em viagem por hospitais e centros psiquiátricos do Ruanda, Uganda, Burundi e Congo para mostrar as difíceis circunstâncias em que é prestada assistência no terceiro mundo.

A exposição pode ser visitada na Galeria 8 do Instituto Valenciano de Arte Moderna (Espanha), de 19 de Novembro até ao próximo dia 3 de Janeiro.

Júlio de Matos expõe em Pequim

série Fading Hutongs, Pequim
© Júlio Matos

O fotógrafo Júlio de Matos, formado em arquitectura pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, inaugurou hoje em Pequim uma exposição intitulada "Journey" ("Viagem").
A mostra reúne 116 imagens efectuadas ao longo dos últimos cinco anos em Portugal e na capital chinesa.

Parte das fotografias expostas nesta "Viagem" testemunha a vida nos últimos "hutongs" de Pequim, os típicos becos da cidade cuja origem remonta ao domínio mongol (século XII) e que Júlio de Matos pretendeu "fixar para memória futura".

"Sinto-me bem em Pequim (...) Cresci aqui como fotógrafo", disse Júlio de Matos.

O fotógrafo recebeu em 1988, o Grande Prémio Kodak de Fotografia.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Robert Capa em 3 filmes

Robert Capa
© Alfred Eisenstaedt

Robert Capa (1913-1954), o mitíco fotógrafo da agência Magnum vai ser tema de três adaptações cinematográficas.

A Columbia Pictures anunciou que o americano Michele Mann , realizador de Public Enemies, será responsável por um filme que conta a história do famoso fotógrafo, com especial incidência no romance que manteve durante dois anos com a também fotógrafa Gerda Taro.
O estúdio adquiriu os direitos do romance "Esperando por Robert Capa", da espanhola Susana Fortes, e contratou Jez Butterworth para fazer a adaptação ao cinema.

Por outro lado, de acordo com o site The Hollywood Reporter a produtora Irish DreamTime, do actor Pierce Brosnan, está a desenvolver um projecto sobre o fotojornalista húngaro.
A produtora tem um contrato de avaliação com a MGM, porém ainda não está definida a participação do estúdio no projeto. A realização deve ser entregue a Paul McGuigan do filme "Push – O Outro Lado do Crime".

Por último o filme "Capa em Israel", será interpretado e realizado por Yvan Attal, com argumento de Yaron Seelig e produção de Jean-Luc Van Damme.
Retratará o envolvimento do fotógrafo na Guerra da Independência de Israel, em 1948. No argumento, Capa apaixona-se por Noa, uma jovem e bela aprendiz de fotografia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"En Pie de Foto", Cem Olhares Desde a Dor

Miguel Angel Blanco
© Larry Mangino

A exposição "En Pie de Foto - Cem Olhares Desde a Dor: O Terrorismo, Crime Contra a Humanidade", mostra olhares de fotógrafos de todo o mundo sobre a dor das vítimas do terrorismo espanholas ao longo de cerca de quarenta anos de barbárie.

Composta por trabalhos de 58 fotógrafos, na sua grande maioria espanhóis, esta mostra tem como ponto de partida a fotografia, sobre a qual escritores e intelectuais espanhóis e internacionais fazem uma reflexão através do tempo sobre imagens que descrevem o rugido do terrorismo, a solidão das vítimas e o significado do seu sofrimento a par da solidariedade e esperança de uma justiça ligada à verdade.
Participam neste conjunto de comentários às fotografias 37 escritores, 19 directores de jornais e 12 outros intelectuais e dirigentes políticos.

"En Pie de Foto" mostra diversas fotografias que poderiam englobar-se em vários temas, sempre em torno da realidade das vítimas, o ambiente em que vivem, a sua dor e justiça que reivindicam. A exposição "presta homenagem a todas as vítimas do terrorismo, a todos aqueles que foram injustamente assassinados, sequestrados, torturados e massacrados pela barbárie que tem vindo a afligir Espanha ao longo de dolorosos anos, na esperança de evitar o esquecimento e manter viva a memória", afirma o texto de apresentação da mostra.

Para a montagem desta exposição foi feito recurso aos arquivos fotográficos dos jornais espanhóis ABC, El Correo, El Diario Vasco, El Mundo, El País, La Verdad de Murcia, La Rioja, Diario de Navarra, Heraldo de Aragón, El Periódico de Aragón e Levante e ainda das agências noticiosas AFP (France Presse), AP (Associated Press), EFE, Reuters e Telepress.

A apresentação oficial desta exposição, que é um projecto da Fundação Miguel Ángel Blanco com o apoio da Fundação de Vítimas do Terrorismo, teve lugar em Paris, a 3 de Junho de 2004, no Instituto Cervantes, seguindo depois para Madrid. Esta exposição foi mostrada em 31 cidades espanholas, em Bruxelas, Estrasburgo, Londres e Roma
.
A exposição estará patente até 13 de Dezembro, no Centro Português de Fotografia (Porto).

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O renascimento da Polaroird

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Em Junho de 2008, a Polaroid deixou de fabricar a película para as suas míticas câmaras instantâneas ao fechar as suas fábricas no México e na Holanda.

A força da fotografia digital parecia empurrar definitivamente para o desaparecimento, as câmaras Polaroid.

O austríaco Florian Kaps pensou que muita gente gostava de continuar a aventura de fazer uma fotografia e a sua revelação de imediato.Por outras palavras, existia um nicho de mercado que queria algo mais que uma imagem para contemplar no seu computador: queriam fotografias que pudessem "tocar, sentir e olhar".

Nasceu assim The Impossible Project. Kaps e André Bosman, um engenheiro da Polaroid em Enschede (Holanda), pediram 1,7 milhões de euros a empresas de capital de risco, compraram todo o equipamento e alugaram o edificio por um período de 10 anos. "Estamos nós e muitas outras pessoas demasiado enamorados pela fotografia analógica instantânea para a deixar morrer só porque a Polaroid já não a considerava rentável", afirmou Kaps.

The Impossible Project não é só uma questão romântica: "Baseia-se no amor pela fotografia analógica instantânea, mas também, existe um plano de negócio por trás”. A sua missão é desenvolver uma nova película para as câmaras instantâneas, melhorada e modernizada.
Segundo Kaps, em Fevereiro de 2010 esperam ter a película em preto e branco para a Polaroid SX70 (o modelo mais vendido). A cor terá que esperar até ao Verão de 2010.

Estima-se que existam cerca de mil milhões de câmaras Polaroid em todo o mundo. O objetivo do projecto é produzir um milhão de películas em 2010. O

O fotógrafo Pasquale Caprile, assegura que a fotografia analógica instantânea tem um valor que nunca poderá ter o digital: "Vês no momento e em papel, o que é totalmente distinto de ver num écran. Cada foto é única, e isso não tem preço. Não existem dois polaroids iguais. Há uma volta atrás. Como na música: o som do vinil tem uma profundidade que põe os cabelos em pé. Sucede o mesmo com a fotografia".

Documentário sobre a AFAL

A revista Afal fundada em 1956 por José María Artero e Carlos Pérez Siquier, desempenhou um papel muito importante na renovação da fotografia espanhola.

Inicialmente era o boletim da Agrupación Fotográfica Almeriense, mas a partir do nº 4, passou à condição de revista que chegou a ser bilingue (espanhol e francês) e aos 2500 exemplares de tiragem.

A sua curta vida, entre 1956 e 1963, reflete a sorte de muitas das publicações de culto, cuja independência e valentia não são suficientes para escapar ás dificultades objectivas: os embates da competência comercial e a ausência de apoios oficiais.

Marcou uma ruptura, com uma nova maneira de olhar para a paisagem e a sociedade espanhola.

O documentário AFAL, una mirada libre (1956-1963), dirigido por Alberto Gómez Uriol e produzido por 29Letras, passou na secção competitiva do Festival de Cinema Europeu de Sevilha.
Durante 60 minutos o documentário narra, com testemunhos dos seus protagonistas, como esses jovens conseguiram mudar o rumo da fotografia espanhola. Testemunham Carlos Pérez Siquier, Oriol Maspons, Ramón Masats, Alberto Schommer, Joan Colom, Gonzalo Juanes, Josep María Albero, Pomés, Ángel De la Hoz e os já falecidos Ricard Terré, Joaquín Rubio Camín e o redactor gráfico do El País Francisco Ontañón. "Fizemos as primeiras entrevistas em 2007. Corríamos o risco de que algum desaparecesse e decidimos iniciar o documentário sem dispormos de financiamento total", explica Gómez Uriol.

Para Carlos Pérez Siquier, o documentário é uma obra "imprescindivel" para a compreenssão da história da fotografia espanhola dos anos 50 e 60 do século passado. "A AFAL foi um grupo catalizador da fotografia humanista e neo-realista que tem agora as suas obras expostas na nova colecção do Museu Rainha Sofia, realizada por Manuel Borja".

O documentário já conseguiu a Estrela de Prata na categoria de Criação Documental, do Concurso Internacional de Criação Contemporânea sobre a Memória da Andaluzia.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Adeus Humberto Rivas

Maria, 1979
© Humberto Rivas

O “fotógrafo do silêncio” faleceu no passado sábado em Barcelona, aos 72 anos.
O fotógrafo argentino Humberto Rivas nasceu em Buenos Aires, em 1937.
Em 1957, com 20 anos, comprou a sua primeira cámara fotográfica, uma Argus de 35 mm e óptica fixa. Dois anos depois realizou a sua primeira exposição fotográfica e tornou-se fotógrafo do Instituto Torcuato di Tella, de Buenos Aires, sendo as suas referências maiores Auguste Sander, Richard Avedon e Henri Cartier-Bresson.

Chegou a Barcelona em 1976, onde viveria até à sua morte.

A sua obra está presente em colecções como a da Fundação Cultural Televisa, do México; do Museu de Arte Contemporânea, em Mar del Plata (Argentina); do Museu de Arte; de Los Angeles; do Museu de Fotografia Contemporânea, de Chicago (Estados Unidos) e o Fundo de Arte da Fundação La Caixa, Barcelona.

Em 1993, expôs em Braga, nos Encontros da Imagem.

Foi galardoado com o Prémio Nacional de Fotografia em 1997. Rivas afirmou nessa altura que as suas fotografias procuravam refletir "a essência das coisas" e "o que o ser humano leva dentro".
Foi distinguido com a Medalha de Ouro ao Mérito Artístico do Ayuntamiento de Barcelona 2009. Faleceu dois dias antes de receber a distinção.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Faleceu o fotógrafo da alma humana

Série Semana Santa
© Ricard Terré

"Só pretendo mostrar o que existe de transcendente no ser humano, o seu espírito", dizia Ricard Terré, um dos grandes fotógrafos documentalistas espanhóis do século XX, que faleceu a 29 de Outubro em Vigo, onde vivia desde 1959.

Nascido no ano de 1928, em Sant Boi de Llobregat (Barcelona), Ricard Terré começou como pintor e caricaturista, mas em 1955 começou a fazer fotografia e ligou-se à Agrupación Fotográfica de Cataluña. Dois anos mais tarde integrou-se e chegou a ter um cargo directivo na Agrupación Fotográfica de Almería) , colaborando com Ramón Masats, Gabriel Cualladó e Xavier Miserachs.

As suas obras mais conhecidas foram realizadas entre 1955 e 1960. Seguiram-se 20 anos de paragem, até que em 1982, já reformado, reiniciou a actividade fotográfica e a sua obra começou a receber, com exposições e livros, o reconocimiento que merecia.

Negava-se a a datar as suas imagens porque considerava que o que era importante nelas era a maneira como refletiam o espírito humano. Dizia que "As reacções do homem frente aos grandes acontecimentos, como a morte, são as mesmas em qualquer lugar e em qualquer momento".

A sua fotografia caracterizava-se pelos enquadramente arriscados , os contrastes acentuados e a busca da proximidade com os modelos.

Portugal viu a obra deste fotógrafo em 1996, através da exposição "Ricardo Terré - Fotografias", integrada nos Encontros da Imagem de Braga. Em 2000, "Lugares de Evocaçâo" esteve patente no Museu da Imagem (Braga) e em 2004, o Centro Português de Fotografia (Porto) apresentou a exposição"Ricard Terré".

A sua obra encontra-se entre outras, nas colecções do Museu Arte Moderna (Espirito Santo ,Brasil) , Museu da Imagem (Braga, Portugal) e “Colecção Nacional de Fotografia" do Centro Português de Fotografía (Porto, Portugal).

Aqui podem ser vistas outras obras do fotógrafo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O melhor retratista de Harlem

Sun and Shade, 1952
© Roy DeCarava

Roy DeCarava, nasceu a 9 de Dezembro de 1919 em Harlem (Nova iorque) e morreu nessa mesma cidade a 27 de Outubro de 2009, Tinha 89 anos.

Chegou à fotografia após inícios prometedores na pintura. Graduado pelo Chelsea Vocational High School e pelo Harlem Art Center. Em 1955 abriu uma galería dedicada à fotografía. Coisa rara na época, pois a fotografia era mais vista como instrumento jornalístico, do que como arte criativa.

Os jornais titulam-no como o “retratista de Harlem”. Harlem aglutinava os mais importantes intelectuais negros dos Estados Unidos. Durante cerca de cinco décadas DeCavara capturou a vida do bairro mais famoso da América. Fotografou mendigos, operários, músicos, policías, crianças e cães.

Após a exposição que o MoMA realizou em 1996, as suas obras viajaram pela América e o seu talento foi reconhecido. Matt Schudel, no jornal Washington Post, afirma que “foi, juntamente com Gordon Parks, o fotógrafo afroamericano mais importante do século XX”.

Pode ver aqui outras fotos de DeCarava .

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Linhas que o corpo tece

Linhas que o corpo tece, Porto 2009
© Pereira Lopes

World Press Photo, em Luanda

Homeless, S. Paulo (Brasil) 2008
©Carlos Caraliz
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Angola vai ter oportunidade de ver a exposição fotográfica World Press Photo 2009. A mostra vai estar patente em Luanda, de 6 a 26 de Novembro, no espaço do Instituto Camões-Centro Cultural Português.

As 200 imagens premiadas das 10 categorias temáticas do concurso vão estar expostas graças a uma parceria entre as embaixadas dos Países Baixos e Portugal e a organização da World Press Photo.
Esta é a segunda vez que as imagens deste concurso internacional de fotografia iniciado em 1955 na Holanda, podem ser vistas em Luanda, uma das cerca de 100 capitais mundiais por onde esta exposição passa este ano, com uma estimativa de cerca de dois milhões de visitantes.
A exposição deste ano resulta da apreciação de mais de 96 mil imagens de 5508 fotógrafos com origem em 124 países, tendo o júri, em Fevereiro, na cidade holandesa de Amesterdão, escolhido as 200 premiadas que poderão ser agora vistas em Luanda.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fotografia “post mortem”

Primeiro terço do século XX, autor desconhecido
Encontrada num arquivo particular de Santiago de Compostela
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Do retrato acima nada se sabe. A imagem foi encontrada por um fotógrafo compostelano (que prefere o anonimato) num arquivo que herdou. Provávelmente trata-se de uma família dos arredores de Santiago de Compostela. Um clã muito humilde que perdeu a matriarca. O viúvo senta-se à cabeceira do caixão. Os demais são filhos, netos, e ao fundo vizinhos. São sobretudo mulheres - quando os homens emigravam - que se alinham respeitosas e vestidas no seu traje de luto.

Estas fotografias faziam-se para dar conhecimento do óbito a familiares que estavam emigrados.
As fotografias por volta de 1900 requeriam uma larga exposição. As famílias pobres só podiam pagar um retrato, que na época custava o salário de uma semana, e a visita do fotógrafo era um acontecimento solene. Todos aparecem com os seus melhores fatos, desde a morta até a benjamim da família, que quando adulta só poderá recordar a avó por esta fotografia. Porque é possível que em vida a senhora não tenha feito nenhuma outra. Naquela época era mais habitual fazer-se uma fotografia post mortem que uma reportagem de casamento.

Agora esta imagem está exposta num bar de Santiago. Se os descendentes que aparecem retratados não entram para tomar o pequeno almoço será impossivel recompôr a história. O propietário do negativo não tem pistas. Explica que, até que apareceu a foto digital o normal nos autores era ceder os arquivos a outros mais jovens quando se retiravam, "porque o material ocupava espaço e porque sempre havia alguma fotografia que interessava".

A maior estudiosa da fotografía post mortem na Galiza também nada sabe desta imagem. Virginia de la Cruz Lichet, historiadora de arte, vive em Madrid. Não tem raízes em Santiago, mas um dia viu uma foto de Virxilio Vieitez, o retratista de Soutelo de Montes descoberto para o mundo em 1998 pela Fotobienal de Vigo. Vieitez, como todos os profissionais do seu tempo, fazia fotografia de mortos.
A jovem vai fazer a sua tese doutural centrando-se neste autor e terminou encontrando outros como Maximino Reboredo, Pedro Brey o Ramón Caamaño.
Pelas suas mãos passaram umas quatrocentas imagens, um século completo, de fotógrafos rurais das quatro províncias, sobretudo de Pontevedra e Ourense. A maioria conserva-se em arquivos particulares de fotógrafos e muito poucas em instituições, porque é um material "delicado" que os proprietários "têm dificuldade em legar".
De la Cruz iniciou o seu rastreio em 2001. A foto mais antiga que encontrou é da década de 70 do século XIX e a mais recente, da década de 70 do século XX. Segundo José Becerra, presidente da Federação Galega de Serviços Fúnebres, a foto de funeral já não se pratica em nenhuma aldeia.

De la Cruz defenderá na Universidade Complutense a primeira tese doutural sobre o retrato fúnebre na Galiza, dentro de um ou dois meses e conseguiu autorização das familias para reproduzir uma quarta parte das imagens que viu.
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Fonte: El País

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

João Cutileiro expõe em Bragança

Homenagem a Courbet 10, 2004
©João Cutileiro

A exposição “João Cutileiro- Escultura, Desenho e Fotografia” está patente no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, até 10 de Janeiro de 2010.

A fotografia é uma das expressão menos divulgadas do autor, mais conhecido pelos seus trabalhos de escultura.

A exposição tem cerca de 30 fotografias "subtraídas temporariamente às paredes de casa" do autor e que "constituem apenas um lanço da extensa galeria de retratos que realizou, de onde sobressaem os retratos de amigos e familiares, de figuras das artes e das letras".
"As fotografias de Cutileiro reflectem uma dimensão profundamente intimista, invadindo muitas vezes a esfera do privado", descreve Jorge da Costa, director do centro e comissário da exposição, função que reparte com José Albert, sublinhando ainda que "aos créditos fotográficos do escultor coligem-se ainda os registos intimistas de nus femininos, das próprias esculturas ou, recentemente, um conjunto de lascivas representações púbicas".

Espelhos Matriciais

©Renato Roque

O fotógrafo Renato Roque vai fazer amanhã (29 de Outubro) a apresentação da sua tese de mestrado multimédia “Espelhos Matriciais”.
O acontecimento terá lugar pelas 11:00 horas, na sala I-105 da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Nesse mesmo dia e local é inaugurada uma exposição de fotografia realizada no âmbito da tese, que poderá ser visitada até ao dia 20 de Novembro.

O projecto Espelhos Matriciais utilizou uma BD de 400+39 retratos: de amigos, de conhecidos e sobretudo de desconhecidos da Universidade do Porto que aceitaram ser fotografados. A tese comprova que processos de factorização estatísticos de rostos permitem reconstruções perfeitas para rostos da BD e reconstruções com um erro suficientemente pequeno para outros retratos, possibilitando, mesmo neste caso, um reconhecimento quase perfeito. Comprovámos ainda que os humanos conseguem reconhecer retratos reconstruídos com muito poucos componentes – cerca de 20 – utilizando uma técnica que desenvolvemos, associando PCA (Principal Component Analysis) e ICA (Independent Component Analysis).”

A imagem acima é a média de 439 retratos, o que significa que se Renato Roque te fotogafou, estás também neste retrato.

Fonte: Uma espécie de blogue

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Avenida dos Liquidâmbares

Avenida dos Liquidâmbares, Porto 2009
©Pereira Lopes

Imagine a New World

© Dan Lavric

O concurso "Imagine a New World” lançado pela Comissão Europeia recebeu mais de 5000 fotografias. Para a votação final o júri selecionou 30 trabalhos.

Os cidadãos europeus podem agora votar na sua fotografia preferida em www.imagine2009.eu

O autor da fotografia mais votada - vencedor do prémio "Favorito do Público" - ganhará equipamento fotográfico no valor de €2000 e uma viagem a Estocolmo, Suécia, para a cerimónia de encerramento do Ano Europeu da Criatividade e Inovação 2009.

O vencedor será ainda convidado, juntamente com os vencedores do concurso seleccionados pelo júri, para a cerimónia oficial de entrega de prémios em Bruxelas, em Novembro de 2009.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O criador de universos

Pablo Picasso, Cannes 1957
© Irving Penn

No tempo em que a fotografia de moda possuía um encanto muito especial, em que não haviam câmaras digitais, , em que as pessoas não diziam “muito fashion” e em que os segredos do preto-e- branco eram apanágio de um reduzido escol de artistas de corpo inteiro, o norte-americano Irving Penn ombreava com o seu compatriota Richard Avedon na construção de um universo onírico paralelo ao nosso, talvez rotulado de surrealista, povoado sobretudo por mulheres que nele se moviam com o à vontade do desconhecido.

Desaparecido Avedon, Penn manteve-se na vida por mais cinco anos, até a morte o levar no dia 7, aos 92.
Irmão mais velho do realizador de cinema Arthur Penn, Irving estudou com o lendário exilado russo Alexei Brodovitch na escola de arte do Museu de Filadélfia, publicou desenhos na Harper,s Bazaar, de que Brodovitch era director artístico e, ao longo das décadas que se seguiram à II Guerra Mundial, trabalhou para a Vogue, à qual imprimiu a sua marca especial, que consistia sobretudo em “apertar” os modelos contra as paredes convergentes de um canto despojado.
Os seus retratos de figuras conhecidas permanecem igualmente como uma referência, sendo-nos por vezes difícil imaginar Picasso, Stravinsky, Marta Graham, Marcel Duchamp ou Georgia O´Keefe sem que se nos formem na desfocada retina da memória as poses encenadas por este criador de universos.

Talvez habite agora ele próprio num mundo de claros-escuros cheio de cantos de paredes nuas, ao lado dos seus modelos. L.A.M.

Fonte: Visão

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Faleceu Koldo Chamorro

©Koldo Chamorro

O fotógrafo espanhol Koldo Chamorro faleceu em Pamplona, no passado dia 16 de Outubro. Tinha 60 anos.

"Escrever com a luz, usá-la como suporte da tua experiência e conhecimento, é unir uma energia particular que se materializa de modo coerente a outra energia mais abstracta e universal" e “"Só chega a ser fotógrafo aquele que tenta entrar no enigma da luz...”, assim se expressava Koldo Chamorro, para tentar explicar a essência do seu ofício de fotógrafo.

Chamorro nasceu em Vitória ( Espanha) a 20 de Agosto de 1949. Os seus primeiros 16 anos foram passados na República da Guiné Equatorial, e depois rendeu-se à paixão de viajar. Percorreu toda a Europa, grande parte de África, América do Norte e América do Sul .
Começou por exercer Engenharia, diplomou-se em Marketing e licenciou-se em Economia Empresarial.

Para se tornar fotógrafo aprendeu de forma autodidacta, desde 1965. Mais tarde, em 1972-1973, conseguiu uma bolsa da Dotação de Arte Castellblach para realizar estudos fotográficos no estrangeiro.
Nos Estados Unidos teve a sorte de trabalhar com grandes fotógrafos como Ansel Adams, Jean Diezaide, Lucien Clergue, Brassai, Jean Pierre Sudre eErnst Haas.

Foi membro do colectivo de fotógrafos Minority Photographers e em Espanha, foi fundador do grupo Alabern de Barcelona.

A sua obra faz parte de importantes colecções públicas - entre as quais se destacam a do Center of Creative Photography (Tucson, Arizona) e a colecção Polaroid (Boston) - e em colecções privadas na Europa, Estados Unidos e Japão.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Encontrada a única foto da primeira expedição ao Pólo Sul


A 14 de Dezembro de 1911 uma expedição liderada pelo explorador norueguês Roald Amundsen chegou pela primeira vez na história ao Pólo Sul.
A façanha foi imortalizada numa fotografía em que quatro membros da equipa contemplam a bandeira norueguesa, içada no alto da tenda de campanha.
Agora, quase 98 anos depois, o historiador Harald Ostgaard Lund, descobriu a fotografia nos arquivos da Biblioteca Nacional da Austrália.

"Sabíamos que se tratava de uma fotografia da expedição de Amundsen ao Pólo Sul, o que ignorávamos era que fosse a única no mundo", explicou Linda Groom, directora da Biblioteca .

Lund descobriu a fotografia após analisar durante meses mais de 700.000 imagens da galeria digital da instituição e no princípio do ano viajou para a Austrália em busca dos originais das cópias das imagens cedidas pela família de Amundsen ao Museu Nacional da Noruega.

Após abandonar a Antártida em 1912, a primeira escala da viagem de regresso de Amundsen foi no porto de Hobart, capital da ilha da Tasmânia, onde entregou os negativos das fotos a J. W. Beattie, um conhecido fotógrafo da cidade. Segundo explicou Groom, o mais provável é que Beattie tivesse encarregado o seu ajudante Edward Searle de fazer a revelação, que algum tempo depois reuniu num álbum os trabalhos mais importantes da sua carreira intitulado Vistas de Tasmânia. Em 1965, a Biblioteca Nacional da Austrália comprou o álbum à família de Searle.

Fonte: El País

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Portugal Aos Meus Olhos" de Mel Sewell

©Mel Sewell

O fotógrafo inglês Mel Sewell lançou no final de Setembro, no Centro Português de Fotografia (Porto), o seu livro "Portugal Aos Meus Olhos", uma edição de luxo com fotografias a preto e branco de Portugal.

O texto é bilingue e inclui uma introdução a Portugal e a razão da estadia do fotógrafo no nosso país. As imagens foram obtidas durante um período de 12 anos.

Trata-se de um livro tamanho "coffee table" (mesa de café), ou seja, grande formato, de 160 páginas com 74 fotografias a preto e branco e de edição limitada a 500 exemplares, obedecendo a um conceito de abordagem ao mercado editorial inovador.

"A inovação consiste em que não há neste momento uma edição real para mostrar, o livro existe em suporte informático, mas só pode ser visto e encomendado na internet”.

A alma

A alma, Porto 2009
©Pereira Lopes

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Márcia Monteiro vence Prémio Reflex CAIS/BES 2009

Liberdade©
Márcia Monteiro

O júri do Prémio de Fotografia Reflex CAIS/Banco Espírito Santo 2009 constituído por Ana Zanatti, António Homem Cardoso, Manuel Graça Dias, Maria Gambina e Nuno Luz atribuiu à imagem “Liberdade” captada em Barcelona, por Márcia Monteiro, o primeiro lugar.

O segundo lugar, foi atribuido a uma fotografia de Liliana Laranjo, intitulada "Yoff", o terceiro lugar foi para J. Pedro Martins, com a fotografia intitulada "Será que posso mesmo olhar?", e Pedro Moreira foi distinguido com a Menção Honrosa pela obra "Gerações".

As quatro melhores fotos recebem prémios monetários, no valor de 1.000, 600, 400 e 300 euros respectivamente, bem como equipamento da Epson e uma assinatura da Revista "Mundo da Fotografia Digital".
Estes trabalhos foram escolhidos entre os mais de 540 concorrentes e 730 fotografias que este ano se inscreveram na terceira edição do prémio REFLEX.

As 30 obras finalistas, que incluem os três primeiros prémios e a menção honrosa, poderão ser visitados no Espaço Arte Tranquilidade (Lisboa), até 17 de Outubro, de quarta-feira a sábado, entre as 13h00 e as 19h00.

As 30 obras finalistas integraram também a edição nº 144/Setembro da Revista CAIS.

Contraste

Contraste, 2009
© Pereira Lopes

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A foto de Aramburo e o cartaz de Isabel Coixet

A fotografia e o cartaz

Segundo o fotógrafo Javier Aramburu, o cartaz da última película de Isabel Coixet, Mapa de los sonidos de Tokio, é uma fotografia sua publicada em 2008 na revista de moda Avenue.

Depois de uma tentativa de negociação, o fotógrafo apresentou uma queixa contra a produtora do filme, Mediapro, em que reclama o reconhecimento da autoria da imagem e dos danos morais causados pelo plágio. O juiz pode decidir, como medida cautelar, que todos os cartazes do filme sejam retirados das ruas. A película foi estreada no passado dia 28 de Agosto, com Sergi López e Rinko Kikuchi encabeçando o elenco.

Aramburu, de 34 anos, está demasiado afectado pelo ocorrido e o seu agente Óscar Olmo diz que "É muito duro para ele. Isabel Coixet reconheceu que recortou a fotografia de uma revista e que a usou como capa do guião, gostava muito da imagem e fez uma colagem com ela. Até aí perfeito. Mas se usam a imagem com fins comerciais, em cartazes por todo o mundo e até na capa do disco da banda sonora, surpreende que não se preocupem em comprovar se por trás dessa imagem havia um autor ou não".