©António Júlio Duarte
Em Março de 2008 , foi apresentada uma primeira versão desta série no Centro Cultural de Lagos, com o apoio da Fundação Oriente, e a exposição que hoje é inaugurada, pelas 19:00, na Sala do Cinzeiro 8, do Museu da Electricidade, em Lisboa, conta com novas imagens e catálogo próprio.
João Pinharanda, crítico de arte e responsável pela programação do espaço, explica, num texto sobre a exposição, que o fotógrafo António Júlio Duarte adoptou como lema "Jesus never fails", como uma "certeza irónica".
António Júlio Duarte "expõe em toda a sua crueza tudo aquilo que falhou: regista poses animais que se copiam para nada, encontra seres humanos que coincidem com formas vegetais como se lhes faltasse também ânimo, estabelece pares de volumes que se repetem sem estabelecerem equilíbrios e harmonias", descreve.
Destaca ainda que o mais importante neste trabalho fotográfico "é obrigar-nos a olhar para imagens em que não reconhecemos a tranquila ilustração do já conhecido".
"Esta não é a Goa das recordações pós-coloniais; não identificamos nem a bela tristeza dos que ficam, olhando-nos como referente, nem a bela decadência daquilo que se deixou ao partir", mas mostram antes "um lugar social, económica e psicologicamente devastado, que abre fendas, que é invadido pela natureza vegetal e pela construção humana, que colhe bolores e lixos, humidade e pobreza".
Com entrada livre, a exposição estará patente de 24 de Janeiro até 15 de Março, de terça-feira a domingo.
Fonte: Lusa
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