quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Victor Palla com exposição na P4
Sem título, 1952
©Victor Palla
Victor Palla foi um fotógrafo interessado na vertente subjectiva e experimental. É essa faceta que a galeria P4 Photography agora apresenta em Lisboa, na exposição Platinum Age, até 24 de Março.
À venda por dez mil euros cada, cinco provas inéditas integram a exposição, todas impressas por Palla. Imagens de bailarinas e imagens de nus femininos combinados com formas geométricas de esculturas efémeras, em montagens que revelam "o trabalho artístico em estúdio" e a manipulação na câmara escura.
Platinum Age inclui também alguns retratos de amigos que integraram a série apresentada na Objectiva 86, na festa do Avante. E todas estas provas, vintage e únicas, contribuem para conhecer melhor o percurso de uma das personalidades que marcaram a arte portuguesa da segunda metade do século XX.
Victor Palla recebeu em 1999 o Prémio Nacional de Fotografia, prémio este que se destinava a distinguir a carreira de um fotógrafo cuja intervenção criativa fosse considerada relevante no panorama da fotografia portuguesa, tanto pelo seu carácter inovador, como por desencadear processos renovadores.
Escreveu Lígia Afonso: "...Victor Palla, protagonista de um dos mais importantes e versáteis percursos do século XX português, desapareceu, a 28 de Abril (de 2006), com 84 anos, sem que a dimensão da sua obra global tenha sido verdadeiramente entendida. A originalidade e o carácter inédito do seu percurso documenta uma sensibilidade profundamente plástica que reinventa, reinterpreta e cruza sucessivamente os diferentes media, sem determinação hierárquica, numa experimental vontade de contaminação e consequência".
Victor Palla recebeu em 1999 o Prémio Nacional de Fotografia, prémio este que se destinava a distinguir a carreira de um fotógrafo cuja intervenção criativa fosse considerada relevante no panorama da fotografia portuguesa, tanto pelo seu carácter inovador, como por desencadear processos renovadores.
Escreveu Lígia Afonso: "...Victor Palla, protagonista de um dos mais importantes e versáteis percursos do século XX português, desapareceu, a 28 de Abril (de 2006), com 84 anos, sem que a dimensão da sua obra global tenha sido verdadeiramente entendida. A originalidade e o carácter inédito do seu percurso documenta uma sensibilidade profundamente plástica que reinventa, reinterpreta e cruza sucessivamente os diferentes media, sem determinação hierárquica, numa experimental vontade de contaminação e consequência".
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Annie Leibovitz, empenha os seus trabalhos
É a fotógrafa mais famosa do mundo. No seu portefólio guarda algumas das imagens mais icónicas dos últimos 30 anos, entre as quais as “glamourosas” fotos de Michelle Obama para a última capa da “Vogue”.
Nestes tempos de crise até Annie Leibovitz necessita de liquidez, e vê-se obrigada a procurá-la em lugares pouco habituais. A fotógrafa passou a fazer parte da companhia Art Capital, especializada em empréstimos de capital utilizando obras de arte como aval, segundo informa o “The Guardian”. O registo mostra que os empréstimos estão avalizados não só com a propriedade, mas também com os direitos de autor, os negativos e os direitos contratuais de cada fotografia.
Esta medida excepcional, que supõe, na essência, empenhar toda a sua vida profissional, deve-se à tumultuosa vida de Leibovitz nos últimos tempos. A sua companheira sentimental, a escritora Susan Sontag, faleceu em 2004, o que a obrigou a entrar em caros litígios para poder registar algumas das suas propriedades.
Auto-retratos de Samuel Fosso
©Samuel Fosso
Samuel Fosso (Kumba, Camarões, 1962) passeava sorridente pela exposição e não parava de repetir uma e outra vez a sua história: "A minha primeira fotografia foi feita a 14 de Setembro de 1975, tinha 13 anos". Tinha acabado de entrar como aprendiz para um estúdio de fotografia en Bangui, capital da República Centroafricana. "Aproveitava a parte final dos filmes que utilizava no esúdio para fazer auto-retratos que mandava à família. Amo a fotografia, adoro-a, e aproveito-a para guardar a minha juventude e fazê-la eterna", comenta.
Desde então, Fosso não parou de se auto-retratar, assumindo funções tão distintas como a de homem de negócios, de pirata ou de rei africano.
Até 1 de Junho, as suas fotografias podem ser vistas no Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Angelina Jolie aos 16 anos
A atriz americana Angelina Jolie (nasc. 04/06/1975) participou num ensaio fotográfico em 1991. Tinha então 16 anos. A agência Grosby divulgou recentemente imagens desse ensaio, em que a sua sensualidade já era bem patente. Dois anos depois a actriz fez sua estréia no cinema com a longa-metragem "Ângela & Viril".
É considerada hoje, uma das mulheres mais sexy do mundo, e tem como marca registada os lábios carnudos, que a ajudaram a destacar-se como ícone de beleza.
É considerada hoje, uma das mulheres mais sexy do mundo, e tem como marca registada os lábios carnudos, que a ajudaram a destacar-se como ícone de beleza.
Uma janela em Praga, de Joseph Sudek
Uma janela em Praga. Fotografías dos anos cinquenta centra-se na produção realizada pelo artista checo Joseph Sudek (Kolín, Bohemia, 1896-Praga, 1976) durante a década de cinquenta e apresenta obras pertencentes ás suas principais temáticas: vistas monumentais, panorâmicas do rio Moldava e suas pontes, etc.
O artista só conseguiu dedicar-se em exclusivo à fotografia após obter uma pensão de invalidez pelo facto de ter perdido o braço direito na frente de combate, durante a Primeira Guerra Mundial. Personalidade complexa e introvertida, deixou um vasto legado fotográfico que o levou a ser considerado como o poeta de Praga.
É comissariada por Juan Manuel Bonet e Jan Mlcoch e está patente de 19 de Fevereiro a 17 de Maio na sala Minerva do Círculo de Belas Artes de Madrid
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Sisley
A nova campanha Sisley Primavera-Verão 2009, explora os ambientes para lá do rigor dos estúdios fotográficos e salta para os cenários do deserto sul-africano.
Pela terceira vez consecutiva, Camilla Akrans assina esta campanha e recorre a limitados objectos palpáveis: os corpos, uma moldura dourada e as dunas. O resto, erncontra na atmosfera que se vive naquele cenário sem fim, vagamente surreal, a luz e o céu. No centro, as peças Sisley.
Esta produção remete para um quadro de Dali “um deserto, uma moldura vazia pronta a acolher o real e a confundi-lo com o retrato”. A campanha pode ser apreciada em www.sisley.com
Fonte: jornal Meia Hora
Pickpocket
O que Rita Azevedo Gomes retirou de Bresson são “os fragmentos, os pormenores, os silêncios”. As fotografias a preto e branco a partir dos fotogramas dos filmes, e incluidas agora no livro Pickpocket, têm mais de 30 anos. Foram feitas para outro ciclo Bresson, então na Gulbenkian. Quando o catálogo foi mostrado ao produtor ele saltou: “Isto é ilegal!”. Mas quando o próprio Bresson viu o catálogo , respondeu “Ça c`est du bon travail”. São estas imagens aprovadas pelo cineasta que vingam agora.
Fonte: Visão
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Azul e verde
©Emilio Muñoz Blanco
Diz o refrão que uma imagem vale mais que mil palavras. Precisamente para mostrar ao público a beleza das paisagens do sul da Galiza, a Deputação de Pontevedra convocou, pelo quarto ano, o Concurso de Fotografia de Turismo Rías Baixas. Os melhores trabalhos, que se deviam apresentar sob o lema "Azul e verde", integram-se agora numa exposição que decorrerá até ao próximo dia 24 de Fevereiro na sede em Vigo daquele organismo provincial.
Entre outras imagens captadas pelos fotógrafos, os visitantes poderão ver a obra ganhadora, com o título "La Lanzada", realizada por Emilio Muñoz Blanco, que recebeu um prémio de 3.500 euros. Também faz parte da mostra "Pescando o que veña", de Marcos Cabadas Avión, segundo galardoado no certame com 1.000 euros. "Movimiento 2º", de Francisco J. Solleiro González, que recebeu o terceiro prémio (500 euros) do evento, é outro dos trabalhos incluídos na exposição.
A natureza e o rico património das Rías Baixas protagonizam boa parte das fotografias participantes numa exposição que tem como objetivo fomentar o turismo, descobrir locais e mostrar o melhor da zona, muitas vezes com um olhar diferente. Junto ás fotografias premiadas, a exposição acolhe uma selecção dos trabalhos apresentados a concurso.
Os integrantes do júri foram Juan Pablo Moreiras (fotógrafo profissional com imagens publicadas na National Geographic), Miguel Vidal (fotógrafo da Reuters) e Jorge Lens (professor de Fotografía na Faculdade de Ciências Sociais e de Comunicação da Universidade de Vigo.
Memória do mar
Os concelhos de Malpica, Cambados e A Guarda serão os primeiros a acolher a exposição itinerante A memória do mar, após ser exibida no Museu do Mar da Galiza. A mostra poderá ser contemplada nas confrarias de pescadores de Cambados, da Guarda, e de Malpica até ao dia 28 deste mês. A exposição começa assim uma itinerância por 25 concelhos de Espanha.
O objectivo de A memoria do mar é o de reunir uma grande base de fotografias pessoais de centros de marinheiros e das suas famílias, espalhadas por todo o litoral galego. Assim, recolheram-se 4.000 imagens procedentes de mais de 200 doadores em 25 localidades da costa.
A mostra, quando foi exposta no Museo do Mar, dividia-se em três blocos temáticos: Com os pés no mar, Do areal ao peirão e O Mar Mirado.
Agora, em cada vila da Galiza poderá contemplar-se só uma das três partes. Por exemplo, em Cambados estará exposto Do areal ao peirão, em A Guarda O mar mirado e em Malpica Com os pés no mar.
Hugo Sousa expõe na Póvoa de Varzim
©Hugo Sousa
Está patente, no Auditório Municipal da Póvoa de Varzim, de 15 de Fevereiro a 20 de Março, uma Exposição de Fotografia da autoria de Hugo Sousa com trabalhos obtidos nesta cidade. O autor nascido em 1975, desde cedo manifestou interesse pelas artes, através de desenhos e ilustrações.
No final do liceu teve o seu primeiro contacto com a fotografia e a revelação em laboratório, mas o facto de, na altura, não existir o digital e a fotografia ser uma expressão relativamente cara, fez com que não continuasse essa paixão.
A realização de um curso fez redespertar o gosto pela arte fotográfica e, a convite de Rui Gonçalves, seu professor, realiza agora a sua 1ª exposição.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
4.000 kilómetros de fotografías
©Millás& Nave
A Juan Millás (Madrid, 1975) e a Eduardo Nave (Madrid, 1976) custa localizar as suas fotos quando se lhes pergunta onde as fizeram. Esta deslocalização era precisamente o que buscavam quando empreenderam o seu projecto Península. Assim se titula a proposta destes dois fotógrafos que nestes dias se expõe no stand da galeria Estiarte no ARCO. É o resultado de um "passeio" sem rumo que até agora acumula 4.000 kilómetros. O trabalho de dois caçadores de imagens originais, distintos. Uma mescla de arte e naturezas mortas, de testemunhos desumanizados e paisagens estáticas.
Começou faz um ano em Valência, onde vive Nave, e pretendem-no acabar em Portugal. "O que nos interessa do passeio é a falta de um destino concreto e quisemos fazer um relato fotográfico partindo da ausência de intenção", explica Millás. O dois vêm do fotojornalismo e um certo "cansaço" forçou-os a perseguir exactamente o oposto ás imagens informativas: uma reportagem sem tema.
Depois de 4.000 kilómetros à deriva, percorridos em várias etapas, não só se confundem os lugares, mas também a autoria das fotografias. "Já não sabemos qual é de cada um, mas neste projecto o fotógrafo pouco importa", explica Nave.
Uma série de números a modo de título, "sem dizer nada sobre elas": escrevendo sómente as suas coordenadas. O GPS que os acompanha também ajuda quando a viagem chega a um ponto morto ou não se põem de acordo sobre que direcção tomar. "Fazemos que o aparelho trace uma rota em direcção a Portugal e seguimo-la".
A maioria das imagens são paisagens solitárias, bares de estrada, edifícios em ruínas, paredes pintadas. A presença humana é muito escassa.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
3 formas de ver
3 formas de ver é uma “mostra fotográfica, resultado do olhar criativo, da emoção, do sentido crítico e dos momentos de vida no hospital de três fotógrafos portugueses”.
Luís Ferreira Alves, Olívia da Silva e Paulo Pimenta, são os autores da exposição realizada no âmbito do cinquentenário do Hospital de S. João e patente até 15 de Março no Centro Português de Fotografia (Porto).
“São imagens que chocam, que interpelam, polémicas, como toda a criação livre, cruentas, por vezes, belas e comoventes, outras vezes, mas assinadas e coerentes com a linha criativa dos seus autores”.
Sarajevo:O último assédio. 1992-2008
Para muitos historiadores, o século XX terminou en 1992, em Sarajevo, quando a barbárie, em forma de limpeza étnica, voltou ao coração da Europa. É um momento chave do nosso tempo a que nunca regressaremos suficientes vezes. Gervasio Sánchez é um repórter persistente: o seu trabalho sobre as vítimas das minas anti-pessoais, pelo qual recebeu o último Prémio Ortega e Gasset, prolongou-se ao longo de anos. Foi o fotojornalista espanhol que mais tempo passou em Sarajevo durante a guerra (1992-1995).
"Ali aprendi que a guerra não se pode contar", escreve Sánchez no prólogo do livro que acompanha a exposição Sarajevo:O último assédio. 1992-2008. "Por muito que apures o bolígrafo, aguces o engenho ou encontres a realidade, nunca conseguirás que o leitor entenda a verdade de um conflito armado. O horror é inimaginável para quem não o viveu", prossegue. Sem dúvida, o seu trabalho em Sarajevo mostra-nos como a guerra deixa nas pessoas feridas que nunca se curam, mas também porque nos ensina que as cidades, os seres humanos, são capazes de sobreviver ao mal. O livro de Gervásio Sánchez é uma obra que vai muito mais para além da Bósnia, é um trabalho que se abre a todas as guerras, a todas as mortes.
Sarajevo:O último assédio. 1992-2008 estará patente no Centro de História de Saragoça, até ao dia 29 de Março de 2008
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Madonna antes de o ser
Em 1979, quando era uma simples bailarina, Madonna terá recebido 25 dólares pela sessão fotográfica onde Lee Friedlander captou esta imagem.
Agora, a fotografia do nu frontal da cantora, que em 1985 foi publicada pela revista Playboy, tornou-se tão apetecível que o valor final da venda foi o dobro do inicialmente previsto, sendo vendida anteontem em Nova Iorque por 37500 dólares (cerca de 30 mil euros) a um comprador anónimo.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Olhar as subculturas
Actualmente existem inúmeras comunidades de fotografia online que incentivam a um aumento de inspiração e criatividade, bem como o melhoramento da técnica fotográfica.
Com mais de 142 mil utilizadores, a comunidade do Olhares.com é considerada a plataforma de língua portuguesa com maior número de fotógrafos registados, não só Portugueses mas também Brasileiros, e com uma galeria de mais de 1.6 milhões de fotografias.Assim, a Fnac Portugal e a Fnac Brasil associam-se ao Olhares para lançar um desafio aos seus membros: o de olhar e reflectir, através da fotografia, sobre o conceito de subcultura.
De 11 de Fevereiro a 1 de Março a Fnac e o Olhares convidam-no a participar nesta iniciativa. Cada participante pode apresentar 2 a 6 fotografias.A partir de 26 de Março, todos os trabalhos seleccionados serão apresentados sob o nome “Olhar as subculturas”, nas Galerias Fnac em simultâneo em Portugal e no Brasil.
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Um retrato... a p&b
©Pereira Lopes
Um relatório divulgado no dia 22 de Maio de 2008 pela Comissão Europeia, intitulado um «Olhar sobre a Pobreza», concluiu que Portugal é o país da União Europeia (UE) que apresenta as maiores desigualdades sociais e económicas.
De acordo com o relatório, Portugal tem o número mais elevado de pobres e apresenta as maiores desigualdades sociais, sendo que 9% dos portugueses – (960 mil pessoas) – sobrevivem com menos de 10 euros por dia, enquanto que a média europeia situa-se nos 5%.
azul Siquier
Pela primeira vez na sua larga carreira, Carlos Pérez Siquier (Almería, 1930) mostra a sua obra numa exposição individual no Centro Andaluz da Fotografia (CAF). O Prémio Nacional de Fotografia em 2003 elegeu o Parque Natural do Cabo da Gata-Níjar e com o título Ao fim e ao cabo reúne 50 imagens de 50 anos de trabalho e admiração por uma paisagem que, mais que física "é mental", diz este artista pioneiro da vanguarda fotográfica em Espanha.
A luz, a cal, os brancos da arquitectura e o azul Siquier, denominado assim pelo comissário da mostra, António Lafarque, são os ingredientes da exposição "mais poética" de Pérez Siquier, que poderá visitar-se até 22 de Março no antigo liceu de Almería.
Junto ás fotos, 76 poetas mostram os seus versos inspirados no Cabo da Gata: escritores consagrados e falecidos como Valente ou Villaespesa; referencias locais como Miguel Naveros, Pilar Quirosa ou José Luis López Bretones; y outros que se renderam à natureza do parque como Luis Antonio de Villena, Joan Margarit ou Benjamín Prado. Fotografias e poemas do Cabo da Gata redescobrem ao visitante "um caminho de imagens e palavras sobre uma extraordinária paisagem", afirmou a conselheira da Cultura, Rosa Torres.
Ao fim e ao cabo recolhe o trabalho figurativo, abstracto e o realismo mágico de Pérez Siquier, sempre com as suas cores puras e mediterrânicas que o identificam. "Tratei de resumir em símbolos as provocações visuais e fazê-las intemporais. Que perdurem. Fujo de qualquier tópico e não me deixo levar pela excepcionalidade da paisagem. Se o fizesse, me convertia num documentalista e seriam fotos convencionais. O trabalho do artista é criar", reconhece Pérez Siquier.
As 50 fotografias são apresentadas em grande formato e mostram todos os recantos do parque natural: arquitectura em ruínas, primeros planos que são texturas pictóricas, formações geológicas, a luz e um céu e um mar tão azuis como só Pérez Siquier sabe fotografar. "É um azul muito característico. Eu procurei-o e alguns poetas escreveram sobre esse azul”.
Esperança
©AP
Shepard Fairey, autor do famoso retrato azul, roxo e branco do presidente americano, Barack Obama, foi detido em Boston por realizar grafittis na rua. A polícia assegura que pintou em vários lugares da Massachusetts Avenue e da Newbury Street e em outras zonas de Boston, segundo explicou o porta-voz, James Kenneally.
Fairey foi detido quando se dirigia ao Instituto de Arte Contemporânea de Boston, para inaugurar a sua primeira exposicção individual. Ali, mais de 750 pessoas esperavam o artista.
O graffiter, oriundo de Los Angeles, ficou famoso durante a campanha presidencial graças ao seu retrato de Barack Obama modificado com o contraste ao máximo e nas três cores da bandeira americana. O retrato intitulado “Esperança” está exposto na Galeria Nacional de Retratos de Washington.
Fairey assegura ter sido detido em 14 ocasiões e está envolvido numa disputa judicial com a agência de notícias Associated Press, que o acusa de ter utilizado uma fotografia de sua propiedade para realizar o famoso retrato de Obama.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Manuel Falces expõe em Almeria
A obra do fotógrafo Manuel Falces (Almería, 1952), director do projecto Imagina , que se converteu mais tarde no Centro Andaluz da Fotografía e do qual esteve à frente até 2006, volta a estar exposta em Almería.
Com o título Manuel Falces. Projecto Imagina. Fundos do Centro Andaluz da Fotografía, o artista mostra 15 fotografías a preto e branco de diversos pontos da província. "É uma selecção quase antológica. Quero dizer com isto que não é aleatória. É o mais significativo de um projecto que desenvolvi à posteriori. Depois de dirigir a Imagina quase me tinha esquecido de mim. O que agora se exibe na La Alcazaba condensa uns quatro anos de trabalho, desde finais dos anos oitenta até 1992", explica o artista.
Falces foi professor de Técnica e Estética de Fotografia na Faculdade de Ciências da Informação da Universidade Complutense de Madrid e o seu trabalho de investigação centrou-se na teoria, prática e história da fotografía. O seu trabalho criativo levou-o a participar em diversas exposições individuais e colectivas em todo o mundo. O Museu Internacional da Fotografía de Rochester (Nova Iorque), o Museu Espanhol de Arte Contemporânea, o Centro de Arte Rainha Sofía e o Instituto Valenciano de Arte Moderna (IVAM) contam com obras suas.
Crítico de fotografía do EL PAÍS desde o seu início, afirma que "o digital democratizou a fotografía mas também matou muitas das suas virtudes".
A exposição decorre na Torre de la Alcazaba, em Almería, até 31 de Março.
Lisboa Song
Mega Ferreira, o ex-jornalista e actual presidente da Fundação do Centro Cultural de Belém vai publicar esta semana um texto que considerou perdido durante muitos anos. “Lisboa Song”, lançado pela Sextante Editora, são duas conversas duplas, uma entre as personagens da história e outra entre o escritor e a fotógrafa.
A escritora Marguerite Duras e a fotógrafa Amy Yoes surgem como musas co-inspiradoras do novo livro de António Mega Ferreira. Da francesa veio um título que relembra o famoso India Song e da norte-americana, as fotografias a preto e branco que tirou em Portugal há algumas décadas.O título Lisboa Song fica explicado, mas, no que respeita às fotografias, o escritor necessita de evocar os anos 90 para se entender a razão da sua existência neste novo livro de Mega Ferreira: " É uma narrativa que nasceu exclusivamente ao ter visto as fotografias da Amy Yoes."
O autor recorda que as teve pela primeira vez na mão em 1990 ao vê-las durante um encontro com o casal - Amy Yoes, a fotógrafa, e Jorge Colombo, o designer - depois de as retirar de dentro de duas pequenas caixas que estavam em sua casa. "Eram estas fotografias que agora se reproduzem, mas havia muitas mais que estavam guardadas em duas caixinhas pequenas com provas fotográficas, exactamente deste formato como as que agora são publicadas", diz.Na altura, conta, "vi as fotografias e achei-as extraordinárias. Comecei a olhar bem para elas e disse para mim mesmo: quero escrever sobre isto. Só não sabia bem o quê?"
Para Mega Ferreira, o que aconteceu foi que se impregnou do significado das imagens e, passo seguinte, tentou esquecê-las para ser capaz de escrever uma história que se articulasse com as que mais gostava: "As fotos não ilustram nada! São dois discursos paralelos e onde há uma contaminação porque me deixei impregnar pela delicadeza das fotografias que me pareceram, de alguma forma, retratar um certo espírito de Lisboa". Daí que, muito rapidamente, lhe tenha surgido um título em torno de Canção de Lisboa, que tinha a ver com a ideia de alguém (Amy Yoes) que vem do estrangeiro e se apaixona por uma pessoa de cá (Jorge Colombo).
Fonte: Diário de Notícias
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
“Deixar a Terra” de Bernardo Markowsky
©Bernardo Markowsky
“Deixar a Terra”- Uma Viagem Fotográfica com Bernardo Markowsky é a exposição que o Fórum da Maia propõe, desde 16 de Janeiro até 22 de Fevereiro de 2009 - de terça a sábado, das 15.00h às 19.00h.
Esta mostra é o resultado de um trabalho que reflecte uma perspectiva sobre diferentes realidades dos nossos dias. Da Alemanha do Leste, da luta política e das contrariedades da vida, até ao Portugal dos nossos dias, passando pela Índia, pelo Bangladesh, por África e outros países, esta é uma viagem a preto e branco pelos quatro cantos do mundo que traz de volta os registos das gentes, dos rostos, onde cada ser humano é representado com grande dignidade e nobreza. As suas imagens são realidades actuais a que o mundo assiste, com o drama da guerra, da sobrevivência, da miséria e da fome.
Detentor de grande poder de retenção de mundos e de seres que os povoam, o autor esclarece: ”sou eu mesmo que falo, servindo-me da minha própria língua para exprimir o meu pensamento, a verdade tal qual a encontrei à frente dos meus pés e no confronto com o meu olhar”.
O autor nasceu em Greifswald, ex.Alemanha Democrática em 1951 e reside em Portugal (Vila Nova de Gaia) desde 2002.
Na inauguração da exposição, foi lançado um livro com o mesmo título.
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