Não é uma exposição de fotografias, mas de provas impressas por um processo fotomecânico do século XIX que reproduz tão bem as imagens-matriz que só à lupa se distinguem as diferenças. Esse processo chama-se fototipia, e o que o Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa (Rua da Palma, 246) mostra, desde o dia 24 de Março, é o trabalho inédito de António Machado de Mendia (1880- -1933), fotógrafo amador que deixou à sua família 27 fototipias realizadas, ao que se sabe, no País Basco.
"O neto deste senhor tinha este conjunto lá em casa e resolveu trazê-lo ao Arquivo para ver o que aquilo era", refere a directora do Arquivo Fotográfico Municipal, acrescentando que "não se conhece práticamente nada acerca da sua actividade como fotógrafo".
Tratadas e enquadradas históricamente, as paisagens, imagens de embarcações e cenas de quotidiano que Mendia reproduziu por intermédio da fototipia "revelam não só os temas de uma certa fotografia de finais do século XIX como, ao mesmo tempo, traduzem a beleza do processo", afirma.
"A olho nu não se consegue distinguir uma fotografia verdadeira - feita por acção da luz e impressa por meios químicos - destas fototipias", salienta a directora do arquivo, a propósito destes trabalhos produzidos com base num método tipográfico comercializado a partir de 1868, capaz de reproduzir com enorme grau de qualidade os meios-tons e detalhes das sombras.
"Fototipias" estará patente até ao dia 21 de Maio, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 18.30, e nos 1º e 3º Sábados de cada mês, das 10h00 às 17h15, podendo ser marcadas visitas guiadas através de: paula.cunca@cm-lisboa.pt ou alexandra.nunes@cm-lisboa.pt
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